terça-feira, 6 de abril de 2010

dinho ouro preto entrevista para o altas horas




Em outubro de 2009, os fãs do Capital Inicial foram pegos de surpresa com uma notícia que os deixou muito apreensivos. O vocalista Dinho Ouro Preto havia sofrido uma queda durante um show e estava internado em estado grave.

Cinco meses passaram e o cantor está de volta. Dinho pretendia voltar ao palco apenas no dia 09 de abril, em Goiânia, mas um convite do apresentador Serginho Groisman para participar de um especial em homenagem ao cantor Renato Russo o fez antecipar o retorno.

No último sábado, Dinho cantou Geração Coca-Cola no Altas Horas e mostrou que está com tudo novamente. Antes da gravação, o cantor conversou com a gente e entre outras coisas revelou quais foram os seus maiores medos e o que muda no capital Inicial a partir de agora.

Você está há cinco meses sem fazer um show. Como está a expectativa para a sua volta?

Estou um pouco nervoso para ser honesto. Meu maior medo é meu estado físico e se eu vou agüentar o tranco em termos cardiorrespiratórios. Quando sai do hospital, tinha dificuldades para andar, no entanto, eu faço reabilitação diariamente. Eu voltei a correr há um mês. Hoje eu corri 4 km, estou conseguindo correr bem, mas mesmo assim você fica receoso de se ver na frente da multidão, dá uma ansiedade. O que eu estou procurando fazer é me preparar o máximo possível. Eu treino 2 horas e meia de manhã entre fisioterapia, treino e corrida. Coitado do Capital, a gente está ensaiando todo santo dia para a minha voz também estar inteira.

Depois do acidente, você chegou a pensar em larga a carreira?

Eu não. O Capital sempre foi a coisa que me dava esperança para voltar. A música era sempre a coisa que me fazia dizer um dia eu vou sair daqui, vou voltar para a estrada e minha vida vai voltar ao normal. O Capital e minha família também, meus filhos e a minha mulher em casa.

Você chegou a temer ficar com alguma sequela que lhe fizesse parar de cantar?

O medo que eu tinha era de não conseguir, porque quebrei meu crânio, tive algumas lesões nas membranas que revestem o cérebro. No primeiro momento, tinha dificuldade de fazer movimentos, de juntar os meus dedos e, quando fui testado pelos neurologistas, eu pensei: cara eu não vou conseguir mais tocar. Aliás, essa foi uma das minhas piores horas lá dentro, eu comecei a chorar e eu falei: eu não vou mais conseguir tocar um instrumento.

Com a sua volta, como será o futuro do Capital Inicial?

Com um disco novo. Eu gravei há um mês, assim que eu melhorei um pouco. A nova música deve sair nas próximas semanas e o disco deve sair em meados de maio e com isso começa a turnê nova. Na verdade a minha queda serviu para a gente romper com várias coisas e ir em várias outras direções.

Como será esse novo trabalho do Capital Inicial?

Muita coisa mudou. Nós mudamos os fotógrafos em nossa volta, os diretores de arte, o produtor do disco é outro, o cenógrafo do show também, a capa do disco provavelmente vai em outra direção. Outra novidade é que nós estamos nos auto empresariando pela primeira vez. Com isso, eu não quero dizer que o Capital vai dar as costas para os nossos fãs, não é que eles não vão nos reconhecer. Eu acho que a nossa musicalidade é a mesma, embora o disco tenha sido gravado por outra pessoa. Embora sejam as mesmas composições, grande parte escritas por mim, eu espero que as pessoas percebam que o disco está com uma pegada um pouco mais nervosa. A gente procurou um cara chamado Davi Corcos, que gravou o Seu Jorge e o D2, e, no entanto, é roqueiro. Ele já tinha gravado um monte de bandas gringas, que nós ouvimos. As canções continuam feitas pelos mesmos compositores, ou seja, não mudaram tanto, mas a sonoridade eu acredito vai ser um pouco mais nervosa do que nos disco anteriores.

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